O subtenente Valério, da Polícia Militar de Pernambuco, negou as acusações de estupro feitas por uma mulher de 48 anos durante uma blitz da Operação Venari, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. O militar, que está preso, afirmou em depoimento que a denúncia seria fruto de uma suposta vingança após a aplicação de uma multa.
Segundo o depoimento, ao qual o Diário de Pernambuco teve acesso, o policial alegou que em nenhum momento manteve relações com a mulher e que a situação teria sido distorcida após a abordagem. O episódio aconteceu na noite da última sexta-feira (10), dentro de um posto do Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRv).
O subtenente declarou que a motorista apresentou documentação vencida e, ao ser informada de que seria multada, teria ficado nervosa. Ele contou que tentou acalmá-la, oferecendo um copo d’água, e a acompanhou até a recepção do posto, justificando que o local é de acesso restrito por conter armamentos e equipamentos.
Valério também relatou que a mulher o teria agradecido pela compreensão e até oferecido o contato para alugar uma casa de praia em Gaibu, no Cabo. Para ele, a denúncia teria sido motivada por insatisfação após o constrangimento causado pela multa.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou a prisão do subtenente logo após o depoimento, prestado na noite da quarta-feira (15). O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, que deve ouvir novas testemunhas e analisar imagens e registros da blitz.
O policial permanece à disposição da Justiça Militar, enquanto a denúncia da vítima segue em apuração pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.