quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Prefeito de Brejo: Hilário justifica despesas e atrasos, ressalta trabalhos na educação e afirma: “continuo aprendendo a ser prefeito


Quando Hilário Paulo (PSD) assumiu a prefeitura de Brejo da Madre de Deus, no início de 2017, afirmou que estaria ‘aprendendo a ser prefeito’. Terminando o ano de 2018, em seu segundo ano de gestão, o prefeito enfatiza dificuldades financeiras do município, ressalta conquistas e assegura que ‘segue aprendendo’, no cargo. Ele foi sabatinado na tarde desta quinta-feira (27) no programa Rádio Debate da Rádio Polo FM.
Hilário destacou a queda de receita para o município nos últimos anos, sobretudo comparando 2016 e 2017, quando a diferença girou em torno de R$ 12 milhões, segundo ele.

“Na Câmara tinha um orçamento que poderia fazer um planejamento e ficar totalmente tranquilo no fim do ano. No meio do ano, já pagava metade do décimo”, fala ao comparar o trabalho, quando presidente da Câmara e agora prefeito.

Na questão política, falou do vice-prefeito, Josevaldo Lopes, atualmente rompido politicamente com o gestor. Mesmo com intuito de disputar reeleição, falou ainda que, ‘caso pesquisas mostrem que o seu nome não é o preferido do grupo, em 2020, abrirá a vaga para outro nome’.


“Não tenho medo de encarar desafios. Hoje tenho um horizonte em superar essa crise e trabalhar com menos dificuldades”, falou em tom esperançoso, para os dois próximos anos.

Com 50% do mandato concluído, avalia que a maior conquista tenha sido reformas e manutenções em 40 escolas distribuídas em diversas comunidades. Além disso, afirma que é o ‘prefeito que mais tem trabalhado pelo distrito de São Domingos’, ressaltando plano de asfaltamento e pavimentação.
Folha estourada – Atualmente, a prefeitura de Brejo compromete 75% da receita em despesa com pessoal. O prefeito justifica, porém, que 52% do valor é direcionado a efetivos que não atendem todas as áreas, sendo preciso contratar os demais. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) pede que o gasto com funcionários seja de até 54%.
Ele considera que houve ‘convocação a mais de funcionários em concurso, além da queda de repasses no município’, que agravou a situação.

“Se chegar a 54% (da receita com pessoal), vai fechar hospital, policlínica, todas as escolas, demitir garis e parar com programas de assistência social”, afirma.

O prefeito garante, no entanto, que a folha será reduzida ‘onde for possível’, em 2019.
Falta equilíbrio – Para o prefeito, algumas leis e estatutos no município precisam de atualizações a exemplo do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), Estatuto do Servidor e a Previdência Própria. De acordo com ele, todos foram criados em ‘realidade diferente’ da que o município se encontra.

“Se não for visto, o próximo prefeito passará por mais dificuldades. Mesmo com toda boa vontade, o município ficará em situação insustentável, um caos”, fala.

Verba – Para tentar sanar problemas, Hilário afirmou que, entre as ações, será mais rígido na cobrança de impostos, a exemplo do IPTU. Segundo um levantamento da gestão, apenas 15% está em dia com o tributo.

“Tem devedores que devem mais de R$ 3 milhões. Vamos reduzir tudo que for possível (folha), mas cobrar quem deve”, falou.


Futuro – Mesmo com as dificuldades, o gestor admite que tende a disputar a reeleição, por ter sido ‘provocado’. Segundo ele, alguns o provocaram no início do mandato ao dizer que a ‘cadeira de prefeito, estava sendo guardada para o retorno de Dr. Edson’. Contudo, Hilário também assegura que não será empecilho para nenhum aliado, caso seu nome não seja o melhor avaliado, no fim do mandato.
Rompimento – Ao falar sobre o vice-prefeito, Josevaldo Lopes, Hilário disse ver como ‘o lado democrático da política’, mas também deixa sua reclamação. Josevaldo rompeu e, atualmente, faz críticas pesadas à gestão.

“Ele tem um sonho em ser prefeito de Brejo. Muitas vezes tem pessoas que não sabem esperar o tempo e tentam antecipar os fatos”, falou.

Informações de Ney Lima




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