sábado, 18 de julho de 2020

Mãe desenterra corpo de bebê para trocar a fralda dele em cemitério de Garanhuns.PE

A jovem de 22 anos procurou um funcionário para informar que queria um local para trocar a fralda da criança; o menino morreu há cerca de um mês


Com informações da Rádio Jornal Garanhuns

Após perder o filho que tinha 1 mês e cinco dias de vida, uma mulher de 22 anos desenterrou o cadáver da criança, que foi enterrada no último dia 11 de junho em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. O caso aconteceu na última quarta-feira (15), no Cemitério Parque das Rosas. O bebê havia sido enterrado após falecer com suspeitas do novo coronavírus.

Segundo relatou o administrador de cemitérios do município Manoel Caetano, após retirar o filho do caixão e rasgar o próprio vestido para enrolar os restos mortais, a jovem procurou um funcionário para informar que queria um local para trocar a fralda da criança.
Ainda segundo Manoel, ao ser abordado, o funcionário sentiu um forte odor e questionou a mulher, que já tinha sido vista algumas vezes no cemitério. "Ele disse que ela chegou com um bebê no colo pedindo para ir ao banheiro e trocar fralda do bebê, e ele começou a sentir um forte odor. Como ela já tinha ido lá visitar o túmulo, ele já sabia que ela era a mãe do menino falecido", disse.

A criança foi enterrada em uma área destinada às vítimas da covid-19, e, por isso, não pôde ser velada. Dias após a morte, segundo Manoel, o resultado foi negativo. A mãe do bebê, no entanto, tem apresentado um quadro depressivo, o que a motivou a ir em busca do corpo da criança.
Momentos após abordar o funcionário, a mulher tentou deixar o cemitério com o cadáver. Ela ainda andou cerca de 400 metros, depois de pular o muro do local, antes de ser impedida por equipes da Vigilância Sanitária do município e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A mulher foi convencida a deixar os restos mortais do filho e foi encaminhada para o Hospital Regional Dom Moura, também em Garanhuns. Ela recebeu atendimento médico por estar com arranhões e com as mãos sangrando após desenterrar o caixão da criança, além de atendimento psicológico.

A Vigilância Sanitária encaminhou os restos mortais do menino novamente para o Cemitério Parque das Rosas.


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