sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Após China detectar coronavírus em frango importado do Brasil, infectologista faz alerta sobre alimentos

Com informações do Por Dentro com Cardinot

 A China detectou o novo coronavírus em asas de frango congeladas que foram importadas do Brasil. De acordo com a prefeitura de Shenzhen, cidade da China próxima de Hong Kong, a descoberta foi feita depois da realização de testes em uma amostra da superfície dos congelados. Além disso, outros produtos que haviam sido armazenados próximos ao lote infectado também foram testados, mas os resultados deram negativo.

O Centro de Prevenção e Controle de Epidemias de Shenzhen alertou que desde junho, vários municípios da área relataram casos de frutos do mar congelados contaminados. Em entrevista ao Por Dentro com Cardinot, o infectologista Filipe Prohaska tirou dúvidas sobre o risco do novo coronavírus nos alimentos e deu orientações.

‘’Você pode sim ter a possibilidade de transmissão de doença viral por alimentos. Isso já foi comprovado em outra doença viral. Algumas gripes iniciaram dentro disso. A ideia inicial do próprio coronavírus é que a transmissão foi feita pela alimentação com morcegos. Então, a transmissão por alimentos é plausível, mas não dá pra confirmar se alimentos congelados ou alguns tipos de alimentos pré-determinados possam ser mais transmissíveis do que outros’’, explicou.

''Isso reforça a necessidade de biossegurança maior não só dos alimentos, como também do ambiente. Há uma necessidade de se ter um controle melhor do local onde nós trabalhamos, vivemos e do tipo de produto que nós consumimos’’, completou o infectologista, Filipe Prohaska. 

Ministério da Agricultura

O Ministério da Agricultura afirmou que as amostras dos lotes foram coletadas, analisadas e os resultados deram negativo, além de informar que "até o momento não foi notificado oficialmente pelas autoridades chinesas" sobre o novo coronavírus em asas de frango importadas do Brasil.

Em nota ao Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), disse acionou o adido agrícola em Pequim, "que consultou a Administração Geral de Aduanas da China (GACC) buscando as informações oficiais que esclareçam as circunstâncias da suposta contaminação". O GAAC é o órgão do governo chinês responsável pela habilitação de estabelecimentos exportadores e que também realiza o controle de mercadorias.


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