quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Síndrome rara pode atingir crianças e adolescentes que não foram infectadas pela covid-19, afirma pediatra

 

Casos de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica têm aumentado em Pernambuco - Foto: Freepik/ Banco de Imagens (ilustrativa)

A confirmação da a primeira morte de criança com uma síndrome rara e relacionada à covid-19 gerou grande preocupação em várias famílias. Em entrevista ao Por Dentro com Cardinot, nesta quinta-feira (27), a pediatra Ângela Rocha afirmou que os pais devem ficar alertas, mesmo se a criança ou o adolescente não tiver sido infectado pelo novo coronavírus, e ficar atento aos sintomas. Confira a entrevista abaixa.

‘’Tem que ter calma, mas é preciso ficar bem alerta para as coisas que estão acontecendo. Já foi descrito em vários países, mas as pessoas estavam com certa tranquilidade porque, normalmente, a covid-19 em criança é uma infecção mais leve. O óbito é menor, mas as crianças estão se contaminando muito, mesmo que de forma leve, pode ter repercussão depois e desenvolver esse processo inflamatório. As crianças que moram com pessoas em que tiveram covid-19 podem devolver a síndrome dias ou semanas depois, mesmo que a criança não tenha tido nada’’, afirmou. 

Que remédio é esse e por que ele está em falta?

Essa síndrome é um processo inflamatório e vai diminuir, evitando maior comprometimento dos órgãos e do sistema, evitando inclusive sequelas para o lado do coração, aneurisma e que a criança chegou à um ‘choque’ que pode levar ao óbito. Quando o processo vai se acentuando é importantíssimo, ainda em uma fase precoce, iniciar a imunoglobulina para evitar que a síndrome fique mais grave e mais difícil de interferir. 

É uma preocupação que temos e o Estado está preocupado, principalmente, nos serviços públicos. A gente sabe que é caro, mas temos que lutar para que a medicação esteja a disposição. Essa síndrome atinge mais crianças e adolescentes.

O que já se sabe sobre essa síndrome no sentido de sintomas e como tratá-la?

A criança pode ter uma forma assintomática. Não pode deixar a criança ter uma febre de três ou quatro dias, pode dar vômito, dor abdominal e pode confundir com o quadro agudo de abdômen. A criança fica mole, com os olhos vermelhos, pode ficar com as mãos e os pés inchados, manchas no corpo... Tem que ir rapidamente no hospital para a gente fazer os exames específicos. Tem que fazer precocemente, quando a inflamação está se acentuando. Conteúdo da TV Jornal


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