quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Combustíveis devem aumentar ainda mais nos próximo dias

Embora os consumidores estejam insatisfeitos com a alta nos preços dos combustíveis, eles podem subir ainda mais nas próximas semanas. Os valores praticados pela Petrobras nas refinarias estariam defasados, em média, 13% para a gasolina e 17% para o óleo diesel. A conclusão é de um levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Em termos valores, a defasagem seria de R$ 0,42 para o litro da gasolina e R$ 0,60 no de óleo diesel. O cálculo foi feito com base nos critérios de Preço de Paridade de Importação (PPI). Esses centavos representam a diferença entre o preço praticado no mercado internacional, onde o Brasil compra os dois combustíveis, e os praticados pela estatal em âmbito doméstico.

Apesar de o Brasil ser o sétimo maior produtor e exportador mundial de petróleo, o parque nacional de refino não produz combustíveis em quantidade suficiente para abastecer o mercado interno: faltam, em média, 15% da gasolina e entre 25% e 30% do diesel.

A diferença entre a produção nacional e a demanda interna é adquirida no exterior. No entanto, a impossibilidade de comprar o produto mais caro fora do país e vender pelos preços praticados no mercado interno tem feito com que as empresas importem menos combustíveis, aponta Sérgio Araújo, presidente-executivo da Abicom.


“Podemos ter comprometimento do abastecimento no Brasil. Os últimos dados que temos são de agosto, quando 83% da gasolina importada foi trazida pelo Brasil pela Petrobras. As distribuidoras e importadoras privadas ficaram com apenas 17% do total. A Petrobras tem importado muito porque está praticando preços abaixo da paridade e não tem como atender à demanda, mas precisa garantir o abastecimento”, afirma Araújo.


Na sexta-feira (8), a Petrobras anunciou novos aumentos nos preços dos combustíveis, cobrados nas refinarias. O litro da gasolina passou de R$ 2,78 para R$ 2,98, após 58 dias do reajuste anterior. No acumulado do ano, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o produto já subiu 36%. O óleo diesel, que não aumentou desta vez, subiu 37% desde 1º de janeiro.

Pesquisador do Centro de Estudos e Regulação e Infraestrutura (FGV/Ceri), Diogo Lisbona entende que a Petrobras tem respeitado a PPI, mas reconhece que há defasagem nos preços, e que o mercado tem encontrado dificuldade em estabelecer um ponto de equilíbrio.

Com informações da CNN.


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