A utilização da máquina pública como instrumento de perseguição a adversários e de cooptação de novos aliados parece ter sido adotada como política pública do governo por Raquel Lyra. O mais recente episódio que evidencia essa prática é a decisão da governadora de transferir o 20° Batalhão da Polícia Militar de São Lourenço da Mata — município administrado por Vinicius Labanca (PSB) — para Camaragibe, cidade governada por Diego Cabral (Republicanos).
O movimento, até o momento sem qualquer justificativa técnica apresentada, retira de São Lourenço da Mata um equipamento fundamental no enfrentamento à criminalidade, em um município com mais de 111 mil habitantes. O absurdo da decisão mobilizou não apenas deputados da oposição, como Rodrigo Farias, Eriberto Filho, Delegada Gleide Ângelo e Eriberto Medeiros, mas também o aliado Eduardo da Fonte que não economizou nas criticas em ofício enviado à governadora. “A desativação dessa unidade, sem a garantia de que outra estrutura equivalente será mantida no local, agravará a já precária situação de segurança no estado, que hoje figura entre os mais violentos do país”, registrou o presidente estadual do Progressistas.
Em um cenário que conta com 2.400 novos soldados em formação, turmas de oficiais e R$ 1 bilhão em recursos assegurados para a segurança pública, não há justificativa plausível para deixar São Lourenço da Mata sem um batalhão. Ao que tudo indica, o Palácio do Campo das Princesas não tem medido as consequências de uma decisão política tão esdrúxula, que penaliza gravemente a população do município. O caminho mais sensato seria não apenas manter o 20° Batalhão da PMPE em seu local atual, mas também garantir que Camaragibe — que também enfrenta aumento da criminalidade — receba uma estrutura semelhante.
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