Filho do prefeito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora (PP), o vereador Robertinho Asfora, no exercício de seu terceiro mandato, mantém viva a possibilidade de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2026. Embora declare que a decisão final dependerá de conversas com seu pai e com a governadora Raquel Lyra (PSD), Robertinho já atua como pré-candidato, buscando apoio político em diversas regiões do estado.
Entretanto, sua movimentação levanta questionamentos importantes: estaria ele realmente preparado para assumir um mandato estadual? Sua atuação como vereador tem sido suficiente para convencer os eleitores de que está pronto para representar Pernambuco?
A polêmica se intensificou após declarações do próprio Robertinho, que alfinetou os deputados Edson Vieira (União Brasil) e Diogo Moraes (PSB), acusando-os de se afastarem de Santa Cruz do Capibaribe após eleitos. “As pessoas de Santa Cruz me ligam, dizem que eu sendo candidato, mesmo morando em Fazenda Nova, já faria mais pela região do que eles dois, que quando foram eleitos a primeira coisa que fizeram foi sair da cidade, viajaram para Miami”, disse ele.
A fala, no entanto, abre espaço para outro debate: seria coerente criticar viagens e ausências quando o próprio grupo político de Robertinho — incluindo figuras de seu partido e até o prefeito — também enfrenta críticas pela falta de presença constante na cidade?
Para parte da população, o cenário atual indica mais um movimento estratégico para fortalecer a influência política da família Asfora do que uma resposta a uma demanda real por renovação na representação estadual. A questão que fica é se a candidatura de Robertinho será construída sobre resultados concretos ou apenas sobre alianças políticas e discursos inflamados contra adversários.
Enquanto a definição não vem, os eleitores observam e aguardam: o jovem vereador terá fôlego e conteúdo para subir um degrau na política ou ficará preso às mesmas práticas que critica nos outros?
Nenhum comentário:
Postar um comentário