quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Governador de Minas Gerais critica dependência financeira do Nordeste e defende limite para repasses federais


Em entrevista ao Contexto Metrópoles, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, voltou a se posicionar sobre a relação financeira entre as regiões do país, criticando o que considera um assistencialismo permanente voltado para os estados mais pobres, em especial os do Norte e Nordeste.

Durante a conversa, Zema destacou que apoia ações emergenciais e programas de auxílio, mas defendeu que essas medidas tenham prazo determinado. “Tem pessoas que precisam de ajuda, cidades que precisam, estados que precisam, empresas que precisam. Você deve viabilizar essa ajuda para evitar fome, demissões ou crises na saúde e educação. Agora, o que existe no Brasil é uma ajuda eterna, que não acaba nunca, aí eu sou contra”, afirmou.

O governador comparou a situação a uma dependência sem perspectiva de autonomia. “Aqui no Brasil nós estamos criando cidades e estados para o governo federal ficar arcando eternamente, porque assim virou uma moeda de troca: eu vou te continuar mandando dinheiro e você continua votando em mim”, declarou.

Questionado sobre como resolver a dependência financeira da região Nordeste, Zema defendeu a criação de um plano de desenvolvimento estruturado, com metas claras e prazos definidos, para promover a independência econômica dos estados que recebem maior volume de repasses.

A declaração reacende a polêmica gerada anteriormente, quando Zema já havia afirmado que os estados do Sul e Sudeste “sustentam” regiões mais pobres do país, crítica que gerou ampla repercussão política.

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