domingo, 3 de maio de 2020

'Não vamos admitir interferência', diz Bolsonaro em ato com multidão neste domingo




O Palácio do Planalto, em Brasília, recebeu uma multidão em manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) na tarde deste domingo (3). O ato também apresentou críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso. Desta vez, o ex-ministro Sergio Moro também foi alvo. Por volta das 12h10, a página oficial do capitão reformado iniciou uma transmissão ao vivo pelo Facebook, mostrando o presidente acenando para os apoiadores. "Muitos querem voltar ao trabalho", disse Bolsonaro, para a câmera que registrou a live.


"O Brasil clama pela volta ao trabalho. Estamos vivendo um momento difícil devido a alguns governadores. Isso não é bom. O país, de forma altiva, vai enfrentar os seus problemas. Muitos serão afetados, infelizmente, mas é uma realidade que temos que enfrentar. Não podemos deixar que o efeito colateral do combate ao vírus seja mais danoso que o vírus", continuou o presidente, ao lado da filha Laura Bolsonaro, de 9 anos.

"Aqui temos pessoas de bem, chefes da família, em nome da verdadeira independência do povo brasileiro. Não vamos mais admitir interferência. Queremos levar o Brasil para frente. Nós todos acreditamos no Brasil", finalizou. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também participou do ato, ao lado do pai. Outro político presente no Planalto foi Hélio Negão, que discursou pelo fim das "divisões do país".

Entre as mensagens dos cartazes havia "Armas para cidadãos de bem", "Fora Maia", "Fora Alcolumbre". Os manifestantes entoaram o hino nacional e rezaram um Pai Nosso em frente à Catedral Metropolitana. Em frente ao STF, alguns gritaram "vamos invadir". "Olé, olé, STF é puxadinho do PT".


Aglomerações como a da manifestação contrariam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. De acordo com informações do Ministério da Saúde neste sábado (2), o Brasil tem 96559 casos confirmados da doença e 6750 mortes foram registradas. A taxa de letalidade está em 7%.


Carreata

Uma carreata teve início por volta das 10h30, descendo a Esplanada dos Ministérios em direção à Praça dos Três Poderes, onde chegaram por volta das 11h30. Embalados por palavras de ordem e cartazes com críticas ao ex-ministro Sergio Moro, que deixou o governo recentemente, apoiadores afirmavam que estão "fechados com Bolsonaro".

Ao chegar em frente ao Congresso, o grupo deixou os carros e desceu em direção ao Palácio do Planalto diante da promessa feita por um dos organizadores de que Bolsonaro apareceria para vê-los. Durante a caminhada foram entoados gritos de apoio ao presidente e de críticas a Moro e a Alexandre de Moraes, do STF, que barrou a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, para o comando da Polícia Federal.


Episódios de crise

Neste sábado (2), o ex-ministro Sergio Moro realizou seu depoimento no prédio da Polícia Federal em Curitiba, no inquérito que apura as acusações que ele fez ao sair do governo Jair Bolsonaro, um momento que tem ameaçado fragilizar a gestão. Moro passou cerca de oito horas no prédio.


Em abril, Alexandre de Moares suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O magistrado entendeu que a decisão de Bolsonaro viola o princípio da impessoalidade, já que Ramagem é próximo da família do presidente.

Informações do Diário de Pernambuco.




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