quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Positivo terá 225 mil novas urnas para eleições de 2022

Para as eleições do ano que vem, o TSE diz que a Positivo deve fabricar 225 mil novas urnas eletrônicas, a partir de um modelo desenhado em 2020. A fabricante ganhou a licitação do TSE para produzir o novo equipamento, e a previsão é para que os novos dispositivos estejam prontos até junho de 2022.

As placas-mãe da nova urna são fabricadas na instalação da empresa em Manaus (AM), mas o resto do equipamento será produzido na fábrica da Positivo em Ilhéus (BA), inaugurada em 2020. A Positivo afirma que essa fábrica é capaz de produzir 130 mil dispositivos por mês. Barroso deve seguir viagem de Manaus para Ilhéus para visitar a fábrica baiana.

No total, 557 mil urnas eletrônicas serão usadas no pleito do ano que vem. As urnas mais antigas que estarão à disposição do TSE para as eleições de 2022 estão funcionando desde 2009. Foi nesse ano que o hardware do dispositivo, que permite a execução apenas de programas desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, foi introduzido.

Segundo o TSE, a nova urna eletrônica é mais segura, moderna e possui mais “recursos de acessibilidade”. Além de ter uma bateria maior, o aparelho também vai informar o mesário sobre o próximo eleitor na fila de votação ao mesmo tempo em que outro está usando a urna para votar. O objetivo da Justiça Eleitoral é agilizar o processo.

Ainda de acordo com o TSE, as principais mudanças envolvem a bateria da urna, que foi trocada para uma fonte de lítio ferro-fosfato. Com a mudança, o condutor não precisa de recargas, aumentando seu tempo de uso. Anteriormente, ele era trocado a cada cinco anos.

Outra novidade do modelo que será usado nas eleições de 2022 é a entrada tipo USB para inserção de pendrives, o que deve agilizar a coleta de informações pelo TSE. Um processador 18 vezes mais rápido que o do modelo anterior também foi implementado. A Justiça Eleitoral trouxe melhorias para o teclado e colocou tela sensível ao toque para mesários.

“Não há como chegar na urna eletrônica”, diz Barroso

Em entrevista coletiva concedida em Manaus, Barroso ressaltou que o código-fonte das urnas eletrônicas — alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) — já passou pela inspeção de “hackers”, peritos e partidos políticos. As urnas não se conectam a nenhuma rede externa ao TSE.

Barroso diz:

“Não há como chegar até a urna eletrônica. Mesmo que o sistema do TSE seja invadido no dia de eleição — o que nunca aconteceu e se Deus quiser não acontecerá — o resultado das eleições ainda não seria comprometido, porque no final do dia, a urna imprime o boletim de urna com o resultado da eleição”.

A partir da impressão do boletim de urna, os dados dos votos de mais de 400 mil sessões eleitorais são enviados ao TSE, que os soma usando um supercomputador. São 140 milhões de eleitores no Brasil, distribuídos entre os 5.600 municípios.

A urna eletrônica que será usada em 2022 já foi posta à prova por peritos do TPS (Teste de Segurança Pública). Segundo o TSE, nenhuma falha grave foi encontrada, mas houve cinco achados — como a corte chama brechas de segurança mais leves. Em uma delas, técnicos da PF invadiram a rede do TSE. Barroso confirmou que eles não poderiam alterar o resultado das eleições mesmo com a invasão.

O presidente do TSE disse que os críticos mais ferrenhos à urna eletrônica recuaram, mas que não é possível convencer a todos. “Não temos controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que acha que o homem não chegou à Lua”, acrescentou Barroso.

Ele não chegou a mencionar o nome de Jair Bolsonaro. O presidente já foi um dos porta-vozes de ataques ao sistema eleitoral brasileiro, chegando a alegar que houve fraude nas eleições de 2018, na qual ele venceu o rival Fernando Haddad (PT) no segundo turno. Contudo, no mês passado, o presidente diminuiu o tom, ao afirmar que a eleição de 2022 seria mais confiável por causa da participação das Forças Armadas na auditoria do processo de votação.

Com informações: O Globo.


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