A PM fluminense quer instalar câmeras de reconhecimento facial no Jacarezinho para o Cidade Integrada. A comunidade, na Zona Norte do Rio, foi ocupada nesta quarta-feira (19), o que deu início ao programa.
O g1 teve acesso a um termo de referência elaborado pela Secretaria Estadual de Polícia Militar. O documento faz uma cotação para a contratação emergencial de uma empresa que instale 22 câmeras no entorno do Jacarezinho.
“A contratação possui relação direta com a atuação emergencial no bairro do Jacarezinho, (...) por ocasião da implantação de uma série de ações do poder pública sintetizada no Programa Cidade Integrada”, diz o documento, com data do dia 13 de janeiro de 2022.
Entre as especificações pedidas para as câmeras, estão:
Detecção facial
Detecção de placas
Capacidade de contagem de pessoas
Detectar imagens coloridas em ambientes de baixa iluminação
O projeto prevê uma central de monitoramento seja montada na Cidade da Polícia, no Jacaré, bem próxima ao Jacarezinho.
O sistema de monitoramento, segundo o termo de referência, "permite o acompanhamento das ocorrências em tempo real, possibilitando a adoção de medidas mais eficientes no tratamento dos acontecimentos relacionados à segurança das pessoas e do patrimônio em todo o Estado do Rio de Janeiro."
Veja onde as câmeras ficariam:
Feirinha
Vinicius de Moraes
Rua Dilermando Reis
Buraco Do Lacerda
Rua Camboriú
Campo do Abóbora
Rua Viúva Cláudio
Rua do Rio - 15
Rua do Rio
Rua Esperança
Rua Álvares Azevedo
Rua Miguel Ângelo
Travessa Jerusalém
Av. D. Helder Câmara, em frente à Cabina do Buraco do Lacerda
Av. D. Helder Câmara, em frente à Praça de Maria da Graça
Estação Ferroviária do Jacarezinho
Túnel Noel Rosa (Sentido Jacaré)
Rua Paim Pamplona (acesso à Comunidade do Rato)
Rua Lino Teixeira c/ Rua Bráulio Cordeiro
Rua Lino Teixeira c/ Rua Viúva Cláudio
Rua Mal Rondon, subida para o viaduto (Sentido Jacaré)
Rua 24 de Maio, subida do viaduto ( Sentido Jacaré)
No documento, que não possui assinatura, é dito que muitas ações policiais são "levianamente acusadas de serem eivadas de ilegalidades, excessos e arbitrariedades".
A adoção das câmeras, segundo o documento, serviria também para ajudar a PM por um "caráter probatório para o processo penal, produzindo provas que corroborem com a realidade e robusteçam a afirmação de inocência policial em uma possível ação judicial."
O g1 procurou a Polícia Militar a respeito do termo de referência que prevê a contratação do serviço. Não houve resposta até a publicação da reportagem.
/g1
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