segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Estação chuvosa do Semiárido da PB, RN, CE e PE terá chuvas variando de normais a abaixo da média em 2021, afirma físico


De acordo com o físico, meteorologista e mestre em Meteorologia Rodrigo Cézar Limeira as condições oceânicas indicam a maior probabilidade de chuvas dentro das categorias normal a abaixo da média em 2021, no Semiárido do setor norte do Nordeste, do qual faz parte o Semiárido da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco.

O prognóstico é bem diferente do indicado pelo estudioso para o ano de 2020, onde previu chuvas variando de normais a acima da média para o Semiárido da região.

De acordo com o físico, a perspectiva é de bem menos chuvas especificamente no Semiárido paraibano, do que foi observado em 2020, quando por exemplo, a cidade de Patos-PB registrou 1180 mm de chuva.

Em 2020 o Atlântico Sul na altura da costa leste do Nordeste esquentou muito, inclusive acima do normal durante os 06 primeiros meses do ano, resultado, choveu acima da média no primeiro semestre de 2020 em grande parte do Semiárido do setor norte do Nordeste.Além disso, o Atlântico Norte frio, favoreceu um deslocamento mais ao sul da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e sem o El Niño para atrapalhar, a referida região do Nordeste testemunhou a ocorrência de uma generosa estação chuvosa.

Em 2021 parecia haver um componente já favorável, a La Niña, no entanto, o Atlântico Sul com temperatura abaixo do normal desde dezembro e adentrando o mês de janeiro, poderá favorecer uma estação chuvosa bem diferente da observada em 2020.

A La Niña torna a circulação dos ventos sobre o Semiárido mais favorável para a formação de nuvens de chuva, através da intensificação dos ventos alísios que formam a Zona de Convergência Intertropical, além disso, o referido fenômeno torna a atmosfera mais instável na região, algo que também fevorece a convecção e formação de Cúmulos Nimbos, que são nuvens associadas a tempestades durante a quadra chuvosa de fevereiro a maio.

Só a presença da La Niña não é suficiente para garantir boas chuvas no Semiárido, pois a umidade que gera as precipitações vem do Atlântico Sul. Quando o mesmo se mantem frio ao longo do período de fevereiro a maio, a região pode experimentar precipitações abaixo da média, com impacto direto nas lavouras principalmente de milho.

O físico Rodrigo Cézar diz que uma melhora no cenário de chuvas na região deve ocorrer em fevereiro, mas que independentemente disso, 2021 será um ano com chuvas que poderão obedecer duas possibilidades em termos de quantidades: na média ou abaixo dela.

Patos-PB tem média pluviométrica de janeiro a junho na Embrapa de aproximadamente 660 mm, e média pluviométrica anual de 700 mm.

Segundo o estudioso, em 2021 Patos poderá registrar 660 mm ou abaixo dos 660 mm de janeiro a junho, e 700 mm ou abaixo dos 700 mm ao longo de todo o ano de 2021.


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