quinta-feira, 2 de junho de 2022

Fala de Zé Neto contra Lei Rouanet desencadeou uma avalanche de investigações contra shows pagos por prefeituras


 Em um show realizado durante o mês de maio, o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, aproveitou para desferir falas contra a Lei Rouanet, lei esta que tem como objetivo o incentivo a cultura, mas que nos últimos tempos tem sido o pilar de uma série de polêmicas e discussões. No show em questão realizado na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, Zé Neto afirmou não precisar de Lei Rouanet e nem de dinheiro público, criticando indiretamente outros artistas que usariam valores cedidos pela lei em questão.

Após a polêmica fala, a imprensa apurou que no show em que realizou críticas a lei de incentivo público, Zé Neto e Cristiano teriam recebido R$ 400 mil da prefeitura em questão. Apesar de se tratar de verba pública, o artista se defendeu e outros nomes como Sérgio Reis passaram a alegar que “o dinheiro de prefeitura não seria público como o da Lei Rouanet”. As investigações dão conta que os R$ 400 mil do show da dupla foram pagos com dispensa de licitação, o que é considerado uma irregularidade.

Todavia a história não parou por aí. Devido o levantamento feito pela imprensa, os cachês de outros artistas passaram a ser investigadores por entidades públicas e vários nomes tiveram shows suspensos devido as investigações. O nome mais afetado com as investigações foi o cantor Gusttavo Lima que já tem pelo menos três grandes eventos suspensos, seguidos de outros nomes como Wesley Safadão, Xand Avião e João Gomes.

Devido a situação que iniciou com falas de Zé Neto, já se fala até mesmo em uma CPI para investigar os contratados de produtoras e bandas sertanejas. Nos bastidores também corre a informação de que cantores do meio sertanejo estariam em crise com Zé Neto pelas exposições que culminaram no direcionamento de investigações ao setor.


Bruno muniz

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