terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Conselho Regional de Medicina pede que todo tipo de festa seja proibida em Pernambuco por causa da Covid


 O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) emitiu uma nota no último sábado (29) em que defende que todos os tipos festas sejam proibidos no estado, considerando o crescimento de casos da variante ômicron da covid-19 e a lotação dos serviços de saúde.

Segundo o Cremepe, essa é uma medida de o Estado demonstrar coerência durante o enfrentamento à covid-19 e destaca que não apenas os festejos de rua devem ser proibidos, assim como as festas privadas.

"A responsabilidade e o sacrifício devem ser de todos, e não apenas de uma parcela da população. Esperamos que o governo do Estado mantenha a coerência", disse trecho da nota.

Veja a nota na íntegra:

"Diante do aumento exponencial de casos da variante Ômicron no Estado, que vem superlotando os serviços de urgência e emergência e, com o número crescente de médicos e demais profissionais de saúde acometidos pela doença, o CREMEPE defende que festas, reuniões, cerimônias, formaturas e todo tipo de aglomeração, sejam proibidas pelo governo do Estado como forma de demonstrar coerência neste momento do enfrentamento da COVID-19.

Ressalta também a necessidade de compreensão da sociedade como um todo, de evitar participar de tais eventos, já largamente evidenciados como responsáveis por um alto risco de se disseminar a doença, mesmo com a exigência de comprovante de vacinação e testagem prévia dos participantes.

Os testes para COVID-19 que estão sendo utilizados para permitir esses tipos de aglomerações deveriam ser destinados exclusivamente para o diagnóstico de pacientes com sintomas ou internados e não em pessoas assintomáticas para permitir acesso a eventos privados, conforme apontou recentemente a OPAS.

Com relação à permissão de eventos privados para os festejos do carnaval, não se pode neste momento, proibir apenas as festividades de rua para o público em geral e permitir que ocorram festas para aqueles que podem pagar entrada em eventos deste tipo. A responsabilidade e o sacrifício devem ser de todos e não apenas para uma parcela da população. Esperamos que o governo do Estado mantenha a coerência que tem sido demonstrada com a população pernambucana desde o início da pandemia.

Neste momento em que os profissionais de saúde são mais uma vez convocados para colaborar com sacrifício para o enfrentamento da pandemia, com mais um encargo imposto a uma categoria já tão esgotada em sua carga de trabalho no enfrentamento da COVID-19 nos últimos dois anos, os médicos não deixarão de cumprir seu compromisso de bem servir às necessidades da população. Contudo, entende que este sacrifício não pode ser feito de forma isolada. Há necessidade de que mais medidas sejam tomadas para reduzir a alta transmissibilidade da variante Ômicron em nosso Estado, diminuindo a superlotação de pacientes existentes nas emergências, UPAS e policlínica".


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