sexta-feira, 1 de abril de 2022

Porto de Galinhas: comércio amanhece mais um dia fechado, mesmo com a presença da polícia

 

Mesmo com reforço do policiamento na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, a maioria dos comerciantes não abriu as portas dos estabelecimentos na manhã desta sexta-feira (1º), dois dias depois que uma menina de 6 anos morreu baleada durante uma ação policial na comunidade Salinas. Poucas lojas funcionaram.

Porto de Galinhas é um dos principais destinos turísticos de Pernambuco e também do Brasil. A presença de PMs e policiais civis – o governo mandou cerca de 250 homens na última quinta-feira para aumentar a segurança no local – não foi suficiente para que os lojistas abrissem o comércio.

Circulam áudios em grupos de WhatsApp supostamente atribuídos a traficantes da área determinando que o comércio de Porto de Galinhas e de praias da região, como Maracaípe e Serrambi, não abra. “Cooperem aí, comparsas. Estou mandando áudio na decência para geral. Se em 10 minutos não fecharem tudo, vai descer um bonde saqueando tudo”, diz uma das mensagens.

No fim da tarde da última quarta-feira, Heloysa Gabrielly estava na frente de casa, na Comunidade Salinas, brincando quando foi atingida por disparos de arma de fogo no peito. A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) informou que a fatalidade aconteceu durante uma troca de tiros com traficantes. O caso ocorreu em um local conhecido como Praça da Televisão.

De acordo representantes do Conselho Tutelar de Porto de Galinhas e Maracaípe, a polícia entrou na comunidade já atirando e acertou a criança. A morte de Heloysa gerou bastante revolta entre os moradores da comunidade, que foram às ruas protestar contra a atitude dos policiais, inclusive, interditando a principal via de acesso à praia de Porto de Galinhas, ateando fogo em pneus colocados na pista.


                     Blog manhã nordestina.

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